segunda-feira, 14 de julho de 2008

(foto tirada no calçadão da Beira-Mar onde as pessoa de Fortaleza se encontram para caminhar, praticar cooper, apresentar aspectos da cultura local (capoeira, artesanato, shows humorísticos etc).

Impressões do Baiano

Voltando de Fortaleza, após19 horas de viagem, já chegando em Feira de Santana-Ba, me surpreendi com a folha de contatos dos participantes do II FORMISE. E, passando nome por nome fiquei a relembrar, saudoso, os companheiros e tudo que vivemos na “terra do luz”. Estas impressões desejo, agora, partilhar com todos...
O primeiro impacto foi com a cidade enquanto tal. Encantou-me a sua vivacidade: dias agitados e noites iluminadas por sua intensa vibração cultural (simultaneamente regional e moderna). E o que não dizer da simpatia do povo de Fortaleza, sempre solícito a dar informações. Impressionou-me, também, a temperatura que em julho estava a marcar os termômetros na bela capital cearense, sentir-me no janeiro soteropolitano (!).
Tão calorosa quanto a cidade é a Arquidiocese abençoada por São José. Uma Igreja pujante... Animada naturalmente por seu povo muito devoto e também pela diversidade de expressões eclesiais ali presentes: paróquias, congregações religiosas (das contemplativas às mais ‘engajadas’), novas comunidades, missionários.... Penso, aliás, que esta característica (a pluralidade) deve ser apreciada seriamente por todos os que hoje desejam contribuir na pastoral da Igreja. Percebi que a Arquidiocese de Fortaleza busca viver verdadeiramente as três notas da Igreja: una, católica e apostólica.
E foi a apostolicidade na sua expressão mais radical (“ad Gentes”) que esteve no centro da temática discutida no nosso encontro. Ficou muito claro, para todos nós, participantes do Formise, que é chegada a hora de o Brasil, que sempre recebeu muitos missionários em seu território, empenhar-se mais intensamente na cooperação material, espiritual e pessoal (no envio de missionários) para com as missões além fronteiras; afinal são 70% da população mundial que ainda não conhece a Jesus Cristo e sua boa notícia. “Devemos dar de nossa pobreza...”.
De nossa pobreza e por que não dizer de nossa grande riqueza. A região nordeste é uma das mais ricas em sua religiosidade e cultura. O povo nordestino é um povo aberto, ousado e vigoroso na vivência dos valores evangélicos. Toda esta riqueza, por si só, nos potencializa para a missão.
E todo este patrimônio estava ali manifesto nos participantes vindos de quase todos os estados do nordeste com sua história, seu jeito de ser, de se expressar, de amar e servir a Cristo e a Igreja... A convivência no II FORMISE foi uma formação das mais enriquecedoras.
Por fim, entre tantos assessores qualificados que nos ajudaram nas reflexões (como dom José Antônio, dom Pedro Brito, Pe Luiz Bartoreu, dom José Luiz, entre outros leigos e padres), gostaria de destacar duas presenças muito especiais: Pe. Sávio (POM) e Pe. André (COMIRE NE 4). Este com sua juventude, seriedade e consciência missionária nos diz, com e sem palavras, que sim, que é possível nós, jovens, irmos além! Aquele com toda a sua sabedoria e firmeza (acumuladas em seus 72 anos de vida) transborda amor pela missão, um verdadeiro testemunho vivo! A ambos o nosso muito obrigado! Parabéns, também, à coordenação, na pessoa de Roberto Mesquita, pelo empenho. E a todos a nossa gratidão pelo convívio, alegria e amizade.
Marildo Ferreira
(Feira de Santana - BA)

Um comentário:

Unknown disse...

Através da palavras do baiano, venho com saudades, dizer da alegria que estamos em Campina Grande - PB pela participação no encontro em Fortaleza.
conhecendo pessoas, vivendo suas experiências e suas pespectivas para um futuro de uma Igreja cada vez mais viva e missionária.
um forte abraço e saudades.
Sem. Andrè